segunda-feira, 11 de junho de 2012

GOTAS DE ESPIRITUALIDADE

Visão da Morte pelo Espírita


“Morte. Ah, Morte! Tu és a causa das aflições da humanidade, porque esta acredita que tu és o fim. Minha irmã Morte, tu és implacável, não perdoas, não tens piedade, não pensas, não choras, não te enterneces, és fria como o mármore das lápides das sepulturas, não prorrogas o teu prazo, a pedido de ninguém. Será que tu cumpres ”ordens do teu Deus, ou fazes as coisas como senhora absoluta do ser humano? Quem te dá as ordens? Será que é o Teu Pai, o Teu Senhor, ou ninguém te ordena absolutamente nada, porque tu não existes, tu nada és, tu és uma simples criação da imaginação do ser material que, ao ser destruído, liberta a borboleta, que voa em direção a lugares onde tu não existes? Ah, Morte! Mas tu fazes medo, muito medo. A humanidade tem medo de ti, tu és a rainha absoluta do mundo material, mas no espiritual tu és apenas uma lembrança daqueles que voltaram através de ti. Sabes, Morte, eu não acredito em ti, pois fui criado por Deus, portanto sou eterno e não morro. De qualquer maneira muito obrigado, Morte, porque tu nos dás condições de aos poucos deixar essa prisão – o corpo de carne – e seguir em direção às paragens onde tu não existe mais. Para quê? Mas como é bom saber que o Criador, o Teu Criador, te coloca como instrumento de medo, de dor e de sacrifício para aqueles que ainda estão longe de saber que tu não existes. Tu existes? Então por que não acabastes com o Filho de Deus, Jesus? Não. Não acabaste com Ele, porque Ele está aqui olhando para ti, dizendo: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E agora, Morte, onde está o teu poder? O poder e a glória não pertencem a ti, porque o Gênio te criou somente na mente do ser, portanto tu não existes. Mesmo assim, muito obrigado, Morte, porque tu mata apenas o meu corpo, porque a mim, espírito, tu jamais conseguirá destruir. Lembra-te, Morte, de quando lutaste comigo? Fizeste-me medo, mas não conseguiste fazer com que eu esquecesse que tu és boa, muito boa, porque ajudaste-me a voltar ao meu mundo, à minha casa, quando vivi num corpo que tu destruíste, pondo a culpa numa peste que aproveitaste para levares ao túmulo milhares dos filhos do Senhor. Bem-aventurada és tu, Morte, que vem em nome do Senhor da Vida tirar essa roupa que é enviada à Terra, bendita Terra, que ajuda também em nossa libertação. Obrigado, Morte!”

Livro “Resgate das Almas Afins”, de Assis Azevedo (médium)/João Maria (espírito), Matão/SP: Casa Editora “O Clarim”, págs. 228-229.

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